O projeto documental da professora Shantynett Souza, da Escola Estadual Betânia Tolentino Silveira, em Espinosa, no Norte de Minas, recebeu medalha de ouro na 7ª edição da Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa, na categoria “Documentário”.

Batizado de “Não Desiste deles não, viu”, a produção conta como foram os desafios das práticas pedagógicas durante o período da pandemia e como a educadora conduziu a aprendizagem no período. A professora e a turma da unidade de ensino também ficaram com a medalha de prata em outra categoria com o projeto “Argumentar para a vida: caminhos possíveis”.

De acordo com a professora, a produção teve a função de mostrar como, apesar de todo o ganho das tecnologias de comunicação e informação usadas na educação, a dificuldade de acesso ainda é um dificultador no caminho da aprendizagem para alguns estudantes. Muitos ainda têm problemas em lidar com essas ferramentas por não terem celular, computador ou mesmo internet de qualidade em casa.

Shantynett diz que ver o trabalho premiado e o orgulho dos alunos em fazer parte de um projeto vencedor é muito estimulante. “É algo muito concorrido, são pessoas muito empenhadas em fazer educação de qualidade, pessoas de todo o Brasil. Lógico que você entra porque quer ter um lugar, mas eu pensava: “nossa, os colegas são muito bons", mas na hora que você ganha é uma emoção muito grande”, conta, admitindo que teve insegurança se a premiação viria.

A professora disse ainda que, com a premiação, a autoestima dos estudantes está elevada, com alguns tão felizes que ainda questionam se é verdade. Mas o orgulho prevalece. “Minas Gerais ganhando essa medalha dá visibilidade ao estado. Nós temos a preocupação de mostrar uma escola pública de qualidade”, comemora.

Com a premiação, cada aluno da turma vai receber um tablet e a escola será agraciada com acervo de livros. A professora receberá um notebook, assinatura de periódicos e um aparelho celular.

A Olimpíada

A Olimpíada de Língua Portuguesa, que objetiva apoiar os professores da rede pública no aprimoramento das práticas de ensino de leitura e escrita, recebeu mais de 112 mil inscrições na 7ª edição e teve a adesão de todos os estados brasileiros, 3.877 municípios e mais de 27 mil escolas inscritas.

O concurso evidenciou como protagonistas o professor e a sua turma de estudantes e os estimulou a construir o Relato de Prática e registrar os processos de ensino-aprendizagem vivenciados durante o trabalho de produção de um dos gêneros textuais e produção audiovisual do concurso: Poema, Memórias literárias, Crônica, Documentário e Artigo de opinião.

O tema norteador para a produção do Relato de Prática foi "O lugar onde vivo". A partir da produção do relato, crianças e jovens tiveram a oportunidade de aprender a produzir um gênero discursivo e se aprofundar ainda mais sobre o lugar onde vivem.

A iniciativa integra o Programa Escrevendo o Futuro, desenvolvido pelo Itaú Social com a coordenação técnica do Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária). Conta com a parceria do MEC (Ministério da Educação), da Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação), do Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação), da Fundação Roberto Marinho e do Canal Futura.

 

 

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