Carlos decidiu fazer a EJA para concluir o ensino médio no tempo correto. Foto: Arquivo Pessoal

Modalidade de ensino será mais focada nas realidades dos estudantes que desejam concluir a formação na idade adequada. Jovens e Adultos terão prioridade nos cursos de Formação Inicial Continuada (FIC) ofertados pela SEE/MG

07 de Outubro de 2020 ,

Carlos Eduardo de Oliveira Lima tem 18 anos e encontrou na Educação de Jovens e Adultos (EJA) a oportunidade de concluir os estudos no período correto. “Tinha muitas faltas e acabei tendo que repetir o ano. Na minha escola me apresentaram a possibilidade de concluir os estudos no período correto e eu abracei a ideia”, conta o aluno do 2º ano do ensino médio da Escola Estadual Firmino Costa, em Lavras.

Carlos decidiu fazer a EJA para concluir o ensino médio no tempo correto. Foto: Arquivo Pessoal

É pensando em histórias como a de Carlos Eduardo, e na de muitos jovens e adultos que não tiveram a oportunidade de concluir os estudos no tempo certo, que a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) está voltando seus olhos para o aprimoramento da EJA que é ofertada na rede pública estadual de ensino. A partir do próximo ano, essa modalidade de ensino já estará totalmente remodelada.

“Estamos chamando de ‘EJA Novos Rumos’ porque queremos apresentar mais possibilidades de vida para estes estudantes. As modificações que estamos fazendo é para atender melhor as necessidades e realidades desses jovens e adultos”, ressalta a superintendente de Políticas Pedagógicas da SEE/MG, Esther Augusta Nunes Barbosa.

Atualmente, a rede pública estadual de ensino conta com cerca de 150 mil alunos matriculados na Educação de Jovens e Adultos em 1.443 escolas. Para participar dessa modalidade de ensino, na qual o aluno conclui o ensino fundamental em dois anos e o ensino médio em um ano e meio, é necessário ter 15 anos para ingressar no ensino fundamental e 18 anos para ingressar no ensino médio.

Para que os estudantes possam perceber verdadeiramente as mudanças, a SEE/MG está realizando várias ações baseadas em discussões com as Superintendências Regionais de Ensino (SREs) e escolas. “A equipe está inteiramente voltada para discutir essa política. Há muito tempo não tínhamos esse cuidado especial com a EJA. Até o final do ano, teremos um documento pedagógico que trará diretrizes para os professores trabalharem em sala de aula. A ideia é que o docente possa desenvolver metodologias que valorizem a experiência de vida do aluno”, ressalta a superintendente.

Para auxiliar o professor nesse trabalho, serão realizadas, no próximo ano, formações ofertadas pela Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, unidade vinculada à SEE/MG.  Além disso, os estudantes também serão estimulados a criar um projeto de vida.

A SEE/MG também implementará ações que facilitarão a abertura de turmas da EJA. “A mudança veio a partir da provocação das equipes regionais no grupo de trabalho da EJA. Existem muitos locais que não conseguiam apresentar a demanda mínima de alunos para formar uma turma e sabemos da importância dessa política. Por isso, a partir do próximo ano, vamos reduzir o quantitativo mínimo de 35 para 20 estudantes”, conclui Esther Augusta.

Educação e mundo do trabalho

Para somar às ações pedagógicas que serão implementadas na EJA, os estudantes dessa modalidade de ensino também terão prioridade na participação em cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) que serão ofertados pela SEE/MG. O curso FIC tem a finalidade de capacitar, aperfeiçoar e atualizar o estudante que deseja entrar ou retornar ao mundo do trabalho de maneira rápida e eficiente.

 

 

 

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