Professoras Deisi Ane Ferraz e Elba do Nascimento de Matos, da Escola Estadual Doutor Jonas de Faria Castro, em Carangola./Foto: Arquivo pessoal
Neste momento em que as aulas presenciais estão suspensas, professores criam diferentes ações com o objetivo de estimular, cada vez mais, o envolvimento dos alunos com os estudos
13 de Outubro de 2020 ,
A pandemia causada pelo coronavírus trouxe uma nova realidade para o ano de 2020 e apresentou um cenário desconhecido. A Educação, assim como outros setores, precisou se adaptar e, em meio ao isolamento social, garantir a realização das atividades, mesmo que de forma remota. Na semana em que se comemora o Dia do Professor, vamos mostrar exemplos de educadores que buscaram se reinventar e se redescobrir, nos diversos anos, etapas e modalidades de ensino da rede pública estadual mineira, desenvolvendo diferentes iniciativas para dar continuidade ao processo de ensino e aprendizagem dos seus estudantes durante o Regime de Estudo não Presencial.
As professoras Deisi Ane Ferraz e Elba do Nascimento de Matos, da Escola Estadual Doutor Jonas de Faria Castro, em Carangola, estão colocando em prática toda a criatividade para a construção de diferentes iniciativas que buscam atrair os olhos e a curiosidade dos alunos na realização das atividades escolares neste período em que as aulas presenciais estão suspensas. Elas lecionam nos anos iniciais do ensino fundamental e já trabalham juntas há algum tempo. E foi pensando em como se aproximar cada vez mais dos estudantes dessa faixa etária, que nasceu a ideia de produzir um vídeo.
Publicado em uma página das redes sociais da unidade de ensino, o vídeo mostra as educadoras cantando, dançando e querendo incentivar, em uma linguagem bem alegre e descontraída, os estudantes a acompanharem as ações desenvolvidas no Regime de Estudo não Presencial.
“Temos uma conexão muito boa e aproveitamos da proposta da Gestão Integrada da Educação Avançada (GIDE) para criar algo dinâmico, que estimulasse as crianças que ainda estão se adaptando ao ensino remoto. Daí, nasceu a ideia de fazer o vídeo”, conta Deisi. A publicação já tem cerca de quatro mil visualizações, além de curtidas e vários compartilhamentos.
Elba destaca que a escola tem realizado atividades diferenciadas para incentivar a participação dos alunos durante o Regime de Estudo não Presencial, como teatro, jogos, contações de histórias, dentre outras possibilidades. “Mas, a gente queria algo novo. Por isso, pensamos numa paródia que tivesse letra bem repetitiva e que fosse fácil de cantar, para que os alunos guardassem na memória e se lembrassem quando fossem estudar”, recorda. “Simulamos os alunos estudando com o Plano de Estudo Tutorado (PET), recebendo medalhas e outras situações. A ideia era que ficasse bem engraçado”, complementa.
Para Elba, o fato de ter feito o vídeo serve para mostrar que, a partir de pequenas ações e simples atitudes, é possível se aproximar ainda mais dos alunos, neste momento em que todos vivemos algo até então desconhecido. “Porque, às vezes, a gente acha que é impossível alcançar todos os alunos, mas é só ter um pouco mais de dedicação e carinho que a gente consegue”, defende.
Já nos anos finais do ensino fundamental, buscar incentivar os alunos e conquistar a atenção deles para os conceitos e os temas trabalhados nas aulas de ciências é o que propõe a professora da matéria dessa etapa da educação básica, Geralda Diolina Alves Machado, da Escola Estadual Dr. Jacinto Campos, em Pompéu.
Geralda Diolina Alves Machado, da Escola Estadual Dr. Jacinto Campos, em Pompéu./Foto: Arquivo pessoal
A professora fala que tenta se reinventar diariamente e se ajustar à realidade do ensino virtual. Ela utiliza diferentes ferramentas e outras estratégias para incentivar a participação dos estudantes. "Aprendi a usar um aplicativo que me ajuda na correção das atividades com os alunos. Também desenvolvemos um arquivo em que respondemos questões de múltipla escolha sobre os temas estudados. Depois, consigo trabalhar com eles os assuntos que foram mais errados e que precisamos melhorar”.
A professora conta que, neste período de ensino remoto, ela tenta adaptar todos os exercícios ao formato virtual e o retorno dos alunos tem sido muito satisfatório e positivo. “O professor que está mesmo empenhado em educar, ele adapta à realidade e busca novas alternativas para o trabalho continuar sendo de qualidade”, revela Geralda