Professor Ildimar ou França, ou Bahia, como é mais conhecido, teve ideia do museu virtual para incentivar os alunos. Foto: Arquivo pessoal

Professor Ildimar ou França, ou Bahia, como é mais conhecido, teve ideia do museu virtual para incentivar os alunos. Foto: Arquivo pessoal

O sucesso da atividade, que faz parte do Regime de Estudo não Presencial, incentivou os estudantes e deve virar revista27 de Agosto de 2020

 

Que tal ajudar a contar a história da sua cidade, seu estado ou país a partir de objetos que você tem em casa? Esta é a proposta que tem empolgado os alunos da Escola Estadual Coronel José Venâncio de Souza, em Águas Vermelhas, no Norte de Minas. A iniciativa foi desenvolvida pelo professor de história Ildimar França, carinhosamente conhecido como “Bahia”, para deixar mais interessante as aulas remotas da disciplina durante o Regime de Estudo não Presencial. A proposta foi tão bem acolhida que envolveu os familiares dos estudantes, resultou na criação do “Museu Virtual José Venâncio” e, no retorno das atividades presenciais, deve virar uma revista.

O professor conta que, logo no começo do ensino remoto, ele e os outros professores ficaram inquietos, pensando em algo que pudesse chamar a atenção dos alunos e, ainda, motivar a participação nas aulas. Foi quando, em uma conversa com os estudantes sobre as possibilidades que a história oferece para o entendimento do mundo e da sociedade, que surgiu a proposta. “Nós começamos a elaborar a criação do museu. Na primeira etapa, articulamos a ideia. Na segunda fase, como ocorreria a pesquisa e escolha dos objetos e a terceira seria para as postagens nas redes sociais”, explicou.

Página tem contribuição dos alunos dos anos finais e do ensino médio da Escola Estadual Cel. José Venâncio de Souza. Reprodução/ Museu Venâncio

 

A intenção era que os alunos encontrassem em suas casas o objeto mais antigo que servisse para contar a história da família, do município ou, até mesmo, que tivesse alguma importância para a comunidade, conectando a história local e regional. “Já nos primeiros objetos, um aluno mostrou uma foto do avô que era prefeito da cidade e recebeu o governador da época. Outro estudante tem uma carta-testamento que foi enviada ao avô em que é contada sobre a criação da paróquia da cidade”, disse.

Estão participando da atividade os alunos dos anos finais do ensino fundamental e os do ensino médio. Ao escolher o objeto, o aluno tira uma foto ao lado dele e relata a história que o envolve. Quem quiser também pode gravar um vídeo apresentando sua escolha.

Aluno segura a foto do seu avô, prefeito da cidade, recebendo o então governador Newton Cardoso. Foto: reprodução/ Museu Venâncio

 

Entusiasmo

Segundo o professor, logo os alunos se empolgaram e ele percebeu que os familiares começaram a se envolver também com a realização da atividade, relacionada com o Plano de Estudo Tutorado (PET). Ainda de acordo com ele, sempre ocorre a contextualização na história com o período de existência do próprio objeto e é feito um debate teórico sobre o momento. Segundo o educador, a ação tem causado entusiasmo nos estudantes. “O objeto é capaz de contar a história de vários seguimentos, não só local, funciona como uma espécie de amostragem”, afirmou.

O envolvimento dos alunos não poderia ter sido melhor e surpreendeu o professor. Ele já articula a criação de uma revista e a divulgação de um DVD com as histórias feitas em vídeo. “Essa resposta positiva, de que todo mundo pode compartilhar e fazer parte da história, foi o mais legal, mostrando a união dos estudantes, família e a escola. Deu uma oxigenada nos estudos”, comemora.

Todo o material está sendo disponibilizado nos perfis do “Museu Venâncio”. As postagens são diárias e vão ocorrer, segundo o professor, durante todo o período do ensino remoto. Para conferir, basta clicar aqui.

 

 

 

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