Nas últimas semanas, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) acompanhou a retomada das atividades presenciais com o recebimento de professores e alunos nas escolas da rede pública estadual.
Em conversa com educadores e pais que confiaram em mandar seus filhos, todos relataram a segurança que sentiram nos protocolos sanitários e nas adequações feitas para a volta às salas de aula. Para que isso fosse possível, a SEE/MG não poupou esforços e investimentos e contou como trabalho árduo e cuidado dos gestores escolares.
Para viabilizar a preparação das unidades de ensino da rede estadual para um retorno seguro, a SEE/MG vem realizando importantes investimentos. Desde o início do mês de março, já foram disponibilizados mais de R$ 75 milhões em recursos de manutenção e custeio, para que as escolas realizassem as adequações e compra de itens necessários para o cumprimento dos protocolos sanitários e da estratégia de retomada. No ano passado, outros R$ 125 milhões já haviam sido repassados para as escolas. Além disso, a SEE/MG anunciou, no início deste ano letivo, um recurso de R$ 90 milhões de adicional de manutenção predial para pequenos reparos, pinturas e adequações nas unidades de ensino, que também vêm sendo aplicados nas melhorias dos prédios escolares.
A abertura das escolas, considerando os novos critérios, só é possível graças à redução dos indicadores epidemiológicos aos patamares de contaminação verificados no mês de fevereiro deste ano, alcançando uma situação mais favorável. Além disso, o monitoramento feito nas unidades de ensino que já fizeram a retomada, iniciada no dia 21, apontou que não ocorreu impacto nos casos observados nessas localidades, demonstrando os bons resultados dos protocolos aplicados na rede, que seguem todas as determinações da Secretaria de Estado de Saúde (SES).
Para que o retorno aconteça com toda segurança que o momento exige, todas as escolas estaduais passaram por um checklist criterioso, validado pela inspeção escolar, para aplicação dos protocolos sanitários, com adequações no ambiente e disponibilização dos equipamentos de proteção e produtos de higiene e limpeza. Tudo foi feito com muito cuidado para proporcionar à comunidade escolar um ambiente seguro.
Comunidade escolar segura
Antes mesmo do retorno, os gestores escolares entraram em contato com as famílias para sanar eventuais dúvidas e apresentar o formato que seria utilizado para a frequência à sala de aula. A nova organização escolar também foi apresentada pelos diretores para todos os servidores das unidades. Além disso, sempre na semana anterior ao retorno dos alunos, as escolas recebem os professores para ações de acolhimento, formação e preparação para a chegada dos estudantes. Exemplo disso, pode ser visto em todas as escolas da rede.
Na Escola Estadual Madre Carmelita, em Belo Horizonte, o diretor André Segala destaca a organização da unidade de ensino para receber tanto os professores quanto os alunos. “Foi uma coisa bem preparada, instruída e acompanhada. O resultado está aí: a escola preparada e tudo dentro dos protocolos”. O gestor também salienta que, com o acolhimento, os profissionais estão mais tranquilos para a volta presencial. “Os professores não estavam vindo até a escola, então quando chegaram aqui e viram tudo que fizemos eles ficaram mais tranquilos e estão na expectativa para o retorno dos estudantes”, afirma.
No final de junho, quando os primeiros estudantes voltaram fisicamente ao ambiente escolar, era nítida a felicidades deles e das famílias, como contou Juliana Luciana de Souza Santos, mãe do aluno Davi Emmanuel de Souza Santos, da Escola Estadual Eleonora Nunes Pereira, em Itabira. Ela destacou o acolhimento e segurança do cumprimento dos protocolos para confiar seu filho à escola. “É uma alegria, uma satisfação imensa ver o sorriso no rosto do meu filho, de estar de volta à escola. Conhecer os novos amigos, a professora, a escola de forma geral”.
Ainda de acordo com Juliana, perceber os cuidados para deixar o ambiente seguro a deixou tranquila. “Eu pude perceber os cuidados, a segurança que a escola está nos fornecendo e eu me senti muito feliz com esse cuidado com o público. Não só com as crianças, a gente pode notar, eles passam essa segurança pra gente e pudemos ver isso”, pontuou.
Na Escola Estadual Professor Orlando de Lima Faria, em Muriaé, a professora de geografia e sociologia, Maria de Lourdes Lima Malafaia, conta como foi voltar para a escola. “Conversamos entre nós, professores, e com a gestão. Recebemos orientações e aproveitamos o nosso tempo para pensar o planejamento e acolhida dos alunos na próxima semana e quais as metodologias que poderemos usar”.
A educadora também destaca a importância da retomada das atividades presenciais para os estudantes. “A escola está em condições de receber os alunos. Queremos que volte e eu acredito que tem que voltar. Não podemos continuar dessa forma. Principalmente para aqueles estudantes que não têm acesso à internet em casa”, ressalta Maria de Lourdes.
Protocolo
Para a retomada das atividades pedagógicas, estão sendo seguidas as determinações do protocolo de biossegurança da SES/MG. O documento é fruto de debates e reuniões técnicas do Grupo de Trabalho formado por representantes das secretarias de Estado de Saúde (SES/MG) e da Educação (SEE), da Sociedade Mineira de Pediatria e da Associação Brasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantil. Outras entidades, associações e representantes de servidores foram convidados a colaborarem com sugestões ao Grupo de Trabalho.
As escolas deverão obter equipamentos de proteção e produtos de higiene, como dispenser com sabonete líquido, álcool em gel, copos descartáveis, máscaras, papel toalha, luvas e lixeiras com tampa e pedal. Além disso, é recomendado às escolas a adoção de horários distintos de entrada e saída de diferentes turmas.
A volta às salas de aula será permitida aos municípios que estiverem nas ondas verde, amarela e na onda vermelha em cenário favorável do Minas Consciente. Ainda assim, ocorrerá apenas nos municípios onde o retorno for autorizado pela prefeitura.
Ainda segundo os protocolos da SES/MG, as escolas deverão adotar ações que contemplem cinco estratégias primordiais: o uso universal e correto de máscaras cobrindo a boca e nariz; o distanciamento físico entre pessoas; lavagem das mãos e etiqueta respiratória; limpeza e manutenção frequente das instalações; e rastreamento de contato em combinação com isolamento e quarentena.
Vale sempre lembrar que o retorno das escolas da rede estadual de Minas é seguro, gradual, híbrido e facultativo e foi planejado, com todo o cuidado, para garantir o cumprimento dos protocolos sanitários e transmitir a segurança e confiança necessárias a alunos, funcionários, pais e responsáveis.
Monitoramento
De acordo com a resolução que institui o ensino híbrido, estudantes e servidores em exercício nas unidades escolares que apresentarem sintomas de Covid-19 deverão comunicar a situação imediatamente ao Gestor Escolar e não comparecer na escola. O diretor irá realizar monitoramento desses casos por meio de formulário próprio disponível no documento, podendo haver suspensão das atividades presenciais de uma turma, de um turno ou, até mesmo, de toda a escola.