Iniciativas consolidadas na Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) tiveram continuidade ao longo de 2021. A Busca Ativa e o programa de Reforço Escolar foram reforçados e se despontaram ainda mais como importantes estratégias para garantir a permanência dos estudantes nas escolas e para a consolidação do aprendizado dos alunos, mesmo diante de todas as dificuldades impostas pela pandemia da Covid-19.
A "Busca Ativa", que tem como foco trazer de volta os estudantes que abandonaram os estudos ou que estavam em vias de evadir, já tinha se mostrado eficaz em 2019, quando teve início. Naquele ano, cerca de 15 mil estudantes retornaram para a escola. Durante o Regime de Estudo não Presencial e com a retomada das atividades presenciais, em 2021, os gestores escolares intensificaram as ações e 45 mil estudantes foram localizados por suas unidades de ensino e retornaram às atividades.
Na Escola Estadual Antônio Marques de Abreu, no município de Chapada do Norte, a diretora Joelma Guedes Soares conta que buscava sempre estar em contato com os alunos. “Quando percebíamos que eles estavam se afastando, a gente ligava para conversar. Toda a equipe da escola se envolveu e a comunidade também. Às vezes mandávamos recado por meio dos agentes de saúde.”
Ainda de acordo com a gestora, a Busca Ativa deu certo. “Tivemos devolução de 100% dos Planos de Estudo Tutorado (PETs). Os alunos que devolviam os materiais em branco, a gente mandava novamente para que retornassem preenchidos. No retorno presencial, voltamos com as medidas de Busca Ativa e tivemos praticamente 100% retorno”, acrescenta.
A estratégia de garantir que ninguém abandone os estudos é uma preocupação constante e que tem nas gestões escolares seu principal braço de atuação. O acompanhamento fino feito pelas equipes gestoras e pedagógicas das unidades garantiu que muitos alunos retomassem seu vínculo com a escola.
Reforço Escolar
Um trabalho pedagógico mais individualizado, focado nas necessidades do estudante e uma metodologia de ensino mais dinâmica e interativa. Essas são características das aulas do programa de Reforço Escolar, ministrados na rede estadual de ensino. Com aulas extras, os alunos tiveram a oportunidade de ter um acompanhamento mais próximo do professor e tirar dúvidas sobre os conteúdos.
A iniciativa contou com a participação de alunos do 6º e 9º ano do ensino fundamental e do 1º ao 3º ano do ensino médio que apresentaram dificuldades em entregar os PETs e que precisavam consolidar conteúdos trabalhados durante o ensino remoto. No primeiro semestre, as turmas do Reforço Escolar iniciaram as atividades em abril, com mais de 25 mil estudantes. Já no segundo semestre, foram mais de 65 mil alunos participando das atividades que tiveram início no mês de agosto.
Na Escola Estadual Gerson Gomes, no município de Ipaba, foram formadas quatro turmas de reforço. A gestora da escola, Leila Adriane Reis Luna, fala sobre como foi o trabalho realizado e a importância da ação para os alunos. “Os professores usaram estratégias diferenciadas e realizaram um trabalho primoroso na redução das desigualdades educacionais. Percebemos muitos avanços e isso encheu o nosso coração de alegria. O reforço foi imprescindível nesse momento para alcançar esse avanço do aluno no percurso”, diz.
Para o estudante do 6º ano do ensino fundamental, Raul Miranda de Carvalho, participar do Reforço Escolar valeu a pena. “Melhorei muito. Agora conheço vários tipos de textos e minha leitura e produção de texto também melhoraram. Também evolui na matemática”, conta.
No Reforço Escolar, foram ministradas aulas voltadas para os conteúdos de Língua Portuguesa e Matemática. Durante a suspensão das aulas presenciais, as atividades foram realizadas pelo aplicativo Conexão 2.0, nos casos em que o estudante não tinha acesso à internet, a escola disponibilizou as atividades preparadas pelo professor de forma impressa. Desde o mês de setembro, nos municípios em que não havia decreto impedindo as atividades presenciais, o Reforço Escolar começou a acontecer nas escolas.