Para garantir o bom funcionamento dos Centros de Referência em Educação Especial Inclusiva (CREI), a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) está realizando encontros de formação com os profissionais que atenderão a rede de educação básica inclusiva.
Ao todo, serão cinco dias de aprendizado e troca de experiências no encontro realizado em Belo Horizonte.
A ação busca comemorar a implementação dos CREIs em todas as 47 Superintendências Regionais de Ensino (SRE). Eles, além de auxiliar na produção de material pedagógico, também ajudam a compor a rede de apoio à educação especial. Em conjunto com os Centros de Capacitação de Profissionais da Área da Surdez (CAS), os Centros de Apoio Pedagógico às Pessoas com Deficiência Visual (CAP) e das equipes multiprofissionais das escolas especiais, garantem direitos e bom atendimento aos públicos da educação especial nas escolas da rede estadual de ensino.
A secretária adjunta de Estado de Educação de Minas Gerais, Geniana Guimarães Faria, antes de iniciar o seu pronunciamento na abertura do evento, na última segunda-feira (25/4), fez uma autodescrição para que pessoas com deficiência visual pudessem identificá-la e se contextualizar. “Eu tenho a dizer que é um passo importantíssimo, porque garantir os direitos dos nossos estudantes é também o garantir o acesso, a permanência e a qualidade da nossa rede”, disse.
O primeiro Centro de Referência em Educação Especial Inclusiva foi implantado em Diamantina, na região central do estado. O projeto piloto deu tão certo que foi expandido para todas as SREs de Minas neste ano. “É com muito orgulho que eu estou aqui hoje para dizer que a gente conseguiu ampliar (os CREIs) para as outras 46 Superintendências Regionais de Ensino. Já tínhamos em Diamantina, que já vinha mostrando um belíssimo trabalho e como era importante a gente levar o CREI para toda Minas Gerais”, declarou a secretária adjunta, ao citar a importância do projeto.
A superintendente de Políticas Pedagógicas da SEE/MG, Esther Barbosa, pontuou que o segredo para o sucesso do projeto é a sintonia e o diálogo com a equipe. “O nosso propósito tem que ser o mesmo: garantia de direito. Por isso estamos fazendo esse período de formação intenso”, ponderou. “Quando a gente compara a nossa rede com outras redes estaduais do país, você não tem em outro estado professores contratados e disponíveis para atendimento educacional especializado. A nossa rede vem se consolidando com profissionais adequados e cada vez mais capacitados”, explicou com orgulho.
Para se ter ideia da importância do projeto, a logomarca dos CREIs foi pensada como um quebra-cabeça, onde as peças se unem formando uma rede de apoio para a educação especial inclusiva. “Cada peça representa um centro de apoio diferente e todos estão interligados”, revela a coordenadora de Educação Especial e Inclusiva da SEE/MG, Suéllen Cristina Coelho. No encontro, Suéllen apresentou a equipe que coordena os CREIs.
Nos próximos dias de evento, os profissionais contarão com a produção de materiais para pessoas com deficiências e socialização das atividades realizadas durante os encontros.
A importância da inclusão
O Coral São Rafael, do Instituto que leva o mesmo nome, fez a abertura do evento. O coro, composto por pessoas com deficiência visual, emocionou a plateia de quase quatrocentas pessoas. De acordo com a diretora de Modalidades de Ensino e Temáticas Especiais da SEE/MG, Patrícia Aragão, a escolha do coral se deu, além da questão da inclusão, porque “cantar alimenta a alma”.
Para o regente do coral, o professor Leandro de Paiva, a iniciativa vai além da inclusão. “É extremamente importante ver os talentos serem reconhecidos. É nítido a emoção no semblante dos cantores ao receberem os aplausos ao final de cada canção”, revela com alegria.
Alunos e profissionais com deficiência visual também puderam contar com a presença de uma intérprete em libras, para que os conteúdos fossem entendidos por todos.