O Programa de Iniciação Científica na Educação Básica (ICEB) foi tema de encontro promovido pela Secretaria de Estado de Educação (SEE-MG), nos dias 6 e 7/12, com o objetivo de avaliar o programa na rede estadual de ensino, propor discussões e fazer um balanço do seu impacto nas escolas.
O evento foi coordenado pela Diretoria de Modalidades de Ensino e Temáticas Especiais (DMTE), da Subsecretaria de Desenvolvimento da Educação Básica, no auditório da Escola Estadual Pandiá Calógenes, em Belo Horizonte. Entre os temas discutidos estão a ampliação do universo de possibilidades para os estudantes após a Educação Básica; fomento ao protagonismo juvenil, desenvolvendo o pensamento científico, crítico e criativo; e a valorização do trabalho docente.
“Foi um momento importante para avaliar como se deu o processo da iniciação científica nas escolas, muito necessário para aprimorar a política educacional. Nosso objetivo é valorizar, cada vez mais, os profissionais da Rede e fomentar o protagonismo estudantil. O diálogo entre professores, professores tutores, analistas educacionais e servidores do órgão central visa levantar e identificar o impacto desse programa em nossas escolas”, pontuou a subsecretária de Educação Básica, Izabela Cavalcante.
Já a diretora de Modalidades de Ensino e Temáticas Especiais da SEE-MG, Patrícia Aragão, destacou que o projeto permite ampliar as habilidades que os alunos possuem na área da ciência. “As vivências da iniciação científica possibilitam ao estudante o desenvolvimento de capacidades como a criatividade, o pensamento crítico e a própria escrita. São diversas as tarefas e habilidades treinadas e aplicadas ao longo de uma pesquisa. Essas experiências ampliam e aprofundam a formação dos estudantes”, explicou Patrícia.
O professor de Química da Escola Estadual João Paulo I, de Belo Horizonte, Mateus Santos, que é curador na área de Ciências da Natureza, falou como a curadoria tem agregado conhecimento e experiência. “ A curadoria me possibilitou um olhar efetivo e afetivo das práticas científicas na Educação Básica. As ações já auxiliaram na formação de professores mineiros que deram um passo importante por um educar pela pesquisa, inspirando gerações e favorecendo uma educação emancipadora”, enfatizou o professor.
E o professor de matemática da SRE Leopoldina, Wendel de Oliveira Silva, que também é curador do ICEB, disse que o programa possibilitou-o desenvolver novas habilidades.
“Como curador do projeto ICEB pude acompanhar de perto a inserção da Iniciação Científica no contexto escolar e atestar o quanto o conhecimento científico possibilitou o desenvolvimento da autonomia, da criatividade, do pensamento crítico e do real protagonismo do aluno”, concluiu Wendel.
Sobre o ICEB
Minas Gerais conta com 392 núcleos de pesquisas em 392 escolas da rede estadual de ensino. Cerca de quatro mil estudantes participam da iniciativa de forma direta, além da comunidade escolar que também colabora com o projeto. Cada núcleo implementado na escola é formado por um professor orientador e até 12 estudantes. Além disso, a comunidade ICEB conta com o professor tutor que acompanha o núcleo escolar e os professores curadores que integram o núcleo gestor do projeto junto à equipe da DMTE.
O projeto de Iniciação Científica na Educação Básica tem por finalidade fomentar o protagonismo juvenil, o desenvolvimento de competências e habilidades inerentes à pesquisa, conforme previsto na Base Nacional Comum Curricular - BNCC e nos Currículos Referência de Minas Gerais - CRMG, bem como o cumprimento de ações voltadas à educação das relações étnico-raciais, em consonância com as Leis nº 10.639/2003 e 11.645/2008.