O Governo de Minas Gerais anunciou nesta quinta-feira (13/7) que dará continuidade ao modelo de escolas cívico-militares em Minas Gerais, nas unidades escolares da rede estadual que atualmente fazem parte do Programa Nacional de Escolas Cívicos-Militares (Pecim), do governo federal.
Segundo anúncio feito pelo governador Romeu Zema, as escolas cívico-militares do Estado serão mantidas em gestão compartilhada entre Secretaria de Estado de Educação (SEE-MG) e Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG). “A tradição, a disciplina e o prestígio de uma das instituições mais respeitadas do mundo agora se unem ao trabalho de ensino dos mineiros. Aqui a educação é sempre prioridade”, afirmou o governador.
O Governo de Minas aderiu ao Pecim em 2020, e conta atualmente com a participação de nove escolas, sendo que em uma está em fase de implantação. Juntas, elas atendem a cerca de 6 mil estudantes. De acordo com a SEE-MG, o modelo cívico-militar tem se mostrado positivo: a taxa de aprovação nessas escolas aumentou desde que o programa foi implementado, ficando acima de 80%.
Parceria com CBMMG
A SEE-MG e o CBMMG já iniciaram as tratativas para a efetivação da gestão compartilhada nas nove escolas cívico-militares da rede estadual mineira, a partir do ano letivo de 2024. A ideia é que a parceria ocorra nos moldes do Pecim.
Com a continuidade do modelo, a perspectiva é que as tarefas do Corpo de Monitores (do CBMMG) sejam complementares às do Corpo Docente da Secretaria de Estado de Educação nas escolas. Todos farão parte da mesma equipe, liderados pelo diretor escolar, buscando ações conjuntas que possam aprimorar as práticas educativas da escola na formação integral do aluno. As equipes vão atuar fortemente nas dimensões afetiva, social, ética e simbólica, com foco no desenvolvimento humano global.
Mudança será gradual
A medida foi anunciada em Minas Gerais após o Ministério da Educação (MEC) ter comunicado o encerramento do Programa Nacional de Escolas Cívicos-Militares em todo o país. Segundo o ofício enviado pelo MEC aos estados e municípios, a medida será adotada de forma gradual, de forma a garantir a normalidade das ações educativas no restante deste ano letivo de 2023. No próximo semestre, portanto, as atividades nas escolas do Estado que integram o Pecim deverão ser mantidas sem comprometer o cotidiano das escolas, conforme o comunicado do MEC.
Escolas da rede estadual de ensino que integram o Pecim:
– Escola Estadual Assis Chateaubriand, em Belo Horizonte;
– Escola Estadual Princesa Isabel, em Belo Horizonte;
– Escola Estadual Padre José Maria de Man, em Contagem;
– Escola Estadual Professora Lígia Maria Magalhães, em Contagem;
– Escola Estadual dos Palmares, em Ibirité;
– Escola Estadual Wenceslau Braz, em Itajubá;
– Escola Estadual Cônego Osvaldo Lustosa, em São João de Rei;
– Escola Estadual Olímpia de Brito, em Três Corações;
– Escola Estadual Governador Bias Fortes, em Santos Dumont, em processo de implementação