O governador Romeu Zema e o secretário de Estado de Educação (SEE), Igor de Alvarenga, vistoriaram, nesta segunda-feira (4/3), em Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a Escola Sandoval Soares de Azevedo, vinculada à Fundação Helena Antipoff (FHA).
A escola possui estrutura de referência, como o laboratório de robótica educacional, que proporciona aos alunos desenvolverem projetos que têm despontado em diversos eventos nacionais.
Ao conhecer o projeto, o governador destacou a ampliação no investimento na educação em Minas e enalteceu os alunos que, por meio da ciência, se destacam em variadas competições pelo país.
“O que nós queremos é isto: mais educação para que os alunos frequentem a escola para aprender. Aqui em Ibirité, temos o exemplo do curso de robótica que vem sendo reconhecido pelo país com diversos prêmios. Iniciativas como esta mostram que, com uma gestão disciplinada, conseguimos resultados expressivos que contribuem para o futuro dos nossos jovens” disse Romeu Zema.
Para a implantação do laboratório na unidade escolar, o Governo de Minas Gerais investiu cerca de R$ 160 mil. O laboratório representa um investimento estratégico na promoção do ensino de ciência, tecnologia, engenharia e matemática e destaca a importância de iniciativas governamentais, como essa, para o fortalecimento da educação no Estado.
Atualmente, o projeto de robótica da Fundação Helena Antipoff atende, em média, 200 alunos, divididos em equipes. O projeto é direcionado para os alunos do ensino médio.
“Grandes investimentos foram feitos pelo governo aqui na instituição para criar oportunidades para que os alunos queiram permanecer na escola e uma destas iniciativas é a robótica. Ela está inserida na realidade da vida dos nossos adolescentes que hoje tem um contato cada vez maior com a tecnologia. Apoiar a robótica nas escolas públicas é uma forma de incentivar os estudantes na escolha de uma das profissões do futuro que mais vai gerar emprego” disse o presidente da Fundação Helena Antipoff, Vicente Tarley Ferreira Alvez.
Robótica
A robótica na Fundação Helena Antipoff tem o objetivo de despertar o interesse dos alunos por meio do desenvolvimento de competências essenciais para os desafios do futuro.
A robótica educacional desempenha um papel vital na comunidade escolar, impulsionando o aprendizado prático e promovendo o desenvolvimento de habilidades, como resolução de problemas, pensamento crítico, programação, colaboração e trabalho em equipe.
É o caso do aluno do terceiro ano do ensino médio, Mateus Henrique Silva Rabelo, de 17 anos. Ele faz parte da equipe de Robótica da Escola Sandoval Soares de Azevedo que ano passado disputou as competições de desenvolvendo de projetos e iniciativas cientificas.
Para o aluno a participação no projeto, que começou como uma diversão, hoje é fundamental na sua escolha profissional.
“Eu resolvi participar do projeto como uma diversão e passatempo, e percebi que a dedicação e os resultados que obtive nos últimos anos estão sendo muito legais e serão importantes para o meu futuro. Está experiência na robótica com certeza foi fundamental na escolha na minha profissão, que será a de engenharia de automação” contou.
As atividades envolvem os alunos em experiências práticas, inspirando o interesse nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática.
A participação em competições aumenta o interesse por temas científicos e tecnológicos, mas também forma alunos mais proativos, responsáveis por seus processos de aprendizado.
Premiações
Ao longo dos anos, equipes de robótica da Fundação Helena Antipoff têm se destacado em diversas competições.
Na UFMG Jovem, com a participação de seis trabalhos e um trabalho premiado como Destaque em Ciências Biológicas, três trabalhos receberam a credencial para participar da 11ª Feira Brasileira dos Colégios de Aplicação e Escolas Técnicas (Febrat).
Na Feira Mineira de Iniciação Científica (Femic), foram três trabalhos inscritos e dois premiados. Destaque para a equipe de robótica Tropa Mec, que submeteu o trabalho em várias feiras, dentre elas a própria Femic.
No mesmo evento, com a participação do projeto “Eletrólise Caseira com H2O Descristalinizada: Hidrogênio e Amônia Verde”, os alunos João Vitor e Artur Gomes, ambos de 17 anos, acompanhados da orientadora Lidiane Santos, foram contemplados com o prêmio de 1º Lugar geral na categoria Ciências Exatas e da Terra. Eles ganharam uma bolsa de Iniciação Científica, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), para desenvolver novos projetos, além de receber uma credencial para participar da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), a maior feira do setor no Brasil.
Com o projeto, os dois estudantes se tornaram finalistas da Febrace. A cerimônia de premiação do melhor projeto será realizada no próximo dia 22/3, em São Paulo (SP). A mesma equipe ganhou também o 1º lugar nacional no Mérito Científico do Torneio Brasil de Robótica (TBR), em Brasília (DF).
“Estar participando da maior feira científica do Brasil nos dá uma imensa satisfação do trabalho, que valei muito a pena e de através da ciência é possível desbravar o mundo e descobrir várias coisas novas e de muita relevância pra sociedade” destacou o aluno João Victor que cursa o terceiro ano do ensino médio na instituição.
Durante o desenvolvimento dos projetos, algumas das equipes da também foram aceitas e apresentaram seus trabalhos em congressos na área de meio ambiente, como o 1º Congresso Nacional On-line de Integração em Saúde e Meio Ambiente (Consamei); e o 3º Congresso Nacional On-line de Conservação e Educação Ambiental (Coneamb).