A comunidade escolar e os moradores de Ipatinga, no Vale do Rio Doce, comemoraram mais uma conquista dos estudantes da Escola Estadual Manoel Izídio, que estão se destacando na cena audiovisual local.
O curta-metragem “Resíduo Enquadrado”, produzido pelos estudantes, foi exibido nesta semana na 19ª Mostra de Cinema de Ouro Preto, um dos mais prestigiados festivais de audiovisual do Brasil, realizado anualmente na cidade histórica.
Lançado oficialmente em outubro de 2023, o curta foi criado coletivamente pelos estudantes durante a Oficina de Cinema, Meio Ambiente e Mídia Móvel, ministrada pelo cineasta Gustavo Jardim, com supervisão da professora de Pesquisa e Intervenção da E.E. Manoel Izídio, Flávia Cândida Pinho.
O estudante Lucas Araújo, de 19 anos, um dos diretores de arte e imagem do curta, descreve o processo de produção: “Passamos semanas pensando no que seria mais interessante, discutindo ideias para a captação de imagens, a trilha sonora, buscando uma abordagem artística que representasse a nossa realidade”.
Com três minutos de duração, o filme aborda questões ambientais de maneira sensível, criativa e impactante, contrastando elementos urbanos de Ipatinga com a natureza. A obra explora as ameaças e conflitos envolvidos nessa dinâmica de forma tocante, traçando paralelos significativos sobre os impactos da indústria e da ação humana no meio ambiente, enquanto ressalta a resistência da natureza e incita reflexões sobre nossas próprias práticas em relação à sustentabilidade. O curta pode ser assistido neste link.
A Mostra
O curta foi exibido na última segunda-feira (24/6) na 19ª Mostra de Cinema de Ouro Preto, dentro da Mostra Educação. Esta não foi a única exibição do filme; ele já foi apresentado em outras duas grandes mostras de cinema pelo país, refletindo o esforço e a dedicação dos estudantes e de toda a equipe envolvida na produção.
“Esta conquista destaca o potencial das iniciativas educacionais e comunitárias para promover o talento local e proporcionar uma plataforma para a expressão criativa. Esperamos que o filme inspire outras comunidades a explorarem suas próprias histórias e paisagens através da lente do cinema”, comentou a professora Flávia Cândida, entusiasta e apoiadora do projeto.