Professores e estudantes da Escola Estadual Serafim Ribeiro, em Florestal, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, representaram Minas Gerais na Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepe) 2024, realizada na Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba. Eles apresentaram três projetos inovadores que refletem o avanço da ciência, pesquisa e tecnologia no Brasil.
A 35ª edição do evento teve como tema “Os Desafios e Possibilidades da Educação na Era Digital”. A Sepe é um espaço que promove o diálogo entre pesquisa, ensino e extensão, envolvendo setores educacionais e proporcionando a troca de experiências entre professores, estudantes e técnicos de diversas áreas do conhecimento.
“Como professora, considero essencial que os estudantes participem de atividades e eventos como esse. Os projetos de Iniciação Científica enriquecem a vida desses jovens, e ter seu trabalho reconhecido em uma universidade de outro estado é um grande feito. O que eles conquistaram — autoconfiança, conhecimento e segurança para se expressar — é extremamente valioso”, declarou a professora de Sociologia, Juliana de Oliveira.
Projetos apresentados
Com o apoio da Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG), por meio do Programa de Iniciação Científica na Educação Básica (Iceb), os professores e estudantes da E.E. Serafim Ribeiro tiveram a oportunidade de apresentar três projetos na Sepe.
Os professores Alex Nogueira e Patrícia Nogueira apresentaram o jogo educativo “Carta a Carta: O Uso de Cartas de Jogo como Alternativa Pedagógica no Ensino da Cadeia Trófica”. O jogo, desenvolvido em colaboração com estudantes do 6º ano do ensino fundamental e de ciências biológicas, busca facilitar a compreensão dos níveis tróficos e o funcionamento da cadeia alimentar de forma lúdica, captando a atenção dos alunos e otimizando o aprendizado.
Os estudantes Eric Oliveira, Mônica Ferreira e Maria Naime, acompanhados pelos professores Juliana de Oliveira e Alex Nogueira, representaram a escola com o projeto “Geoarte: Utilização do Lúdico no Ensino da Geometria”. Resultado de dois anos de dedicação, o projeto utiliza o tangram — um antigo jogo chinês que envolve a formação de figuras e desenhos — como ferramenta pedagógica para abordar o déficit de aprendizado em geometria, identificado por pesquisas realizadas na instituição.
Os professores Leandro Gonçalves e Alex Nogueira apresentaram o trabalho intitulado “Memórias de Florestal: A Conexão entre o Local e o Global para uma Educação Transformadora”. O projeto busca um equilíbrio entre conhecimento local e global, promovendo uma educação inclusiva e transformadora. Sob a orientação dos professores, os alunos exploraram a identidade cultural de Florestal por meio de pesquisas sobre o patrimônio histórico e relatos da comunidade, destacando a relevância do patrimônio cultural e fortalecendo a identidade local e o respeito à diversidade.
Conquistas
A participação na Sepe ofereceu aos estudantes uma oportunidade única de aprimorar habilidades de comunicação e argumentação, além de vivenciar o ambiente universitário antes de ingressar no ensino superior.
As apresentações foram um sucesso e reconhecidas como uma importante contribuição ao protagonismo juvenil e ao desenvolvimento de competências relacionadas à pesquisa científica na educação básica.
“Após a apresentação, nosso projeto foi amplamente elogiado e, como estudante da rede pública, fiquei muito agradecida por ter meu trabalho reconhecido na universidade. Aprendi a pesquisar e a redigir trabalhos científicos, e acredito que esse aprendizado será fundamental para meu futuro universitário”, afirmou a estudante e pesquisadora do projeto Geoarte, Maria Naime.
Fotos: Imprensa MG