A secretária de Educação de Minas Gerais, Julia Sant’Anna, se reuniu na manhã desta quinta-feira (25/2) por videoconferência com um grupo de pais de alunos da rede estadual de Minas.
O encontro virtual foi para conversar sobre o modelo de ensino híbrido, anunciado nessa quarta-feira, e que vai permitir a combinação das aulas remotas com atividades em sala de aula em escolas de municípios localizados em regiões inseridas nas macrorregiões classificadas nas ondas verde e amarela do programa Minas Consciente.
Na reunião, a secretária explicou detalhes do plano e esclareceu dúvidas dos pais em relação à presença nas salas de aula e também da rigidez com os critérios de segurança adotados em todos os pontos estabelecidos no checklist feito pelos diretores, observando o protocolo sanitário. Ainda de acordo com Julia, o modelo híbrido permite que diferentes realidades de famílias sejam contempladas, as que precisam encaminhar os filhos às escolas e as que têm condições de oferecer acompanhamento em casa durante o período de isolamento. “Vocês estão aqui agora em uma situação extremamente valiosa para todos nós, e que é muito desafiadora. A gente precisa entender que esta rede funciona para um monte de gente. Então, pensando em rede, faz sentido voltar considerando um protocolo muito cuidadoso”, ponderou.
Os protocolos anunciados nessa quarta-feira (24/2), durante coletiva de imprensa, apontam a necessidade de um retorno seguro, gradual, com regras de distanciamento e de higienização, além de ser facultativo, ou seja, que depende da concordância dos pais para que jovens e crianças frequentem o ensino híbrido. O retorno ainda depende da autorização do município e Justiça para que seja efetivamente implementado.
Apoio ao ensino híbrido
Os pais que participaram do encontro virtual apontaram para a necessidade dessa volta às salas de aula, considerando aspectos como a melhora no aprendizado e o convívio social dos estudantes em um ambiente seguro. “Os alunos estão com o emocional afetado com a ausência dos amigos”, conta Lenilda Azevedo da Costa. Ainda de acordo com ela, seguindo todos os protocolos de segurança, a volta será essencial. “O importante é esclarecer para todos que está seguro. Assim, os alunos vão poder ir para escola, se protegendo e protegendo o amigo”.
Para Alina Oliveira, é importante sugerir que seja feito um trabalho de divulgação e apresentando todas as medidas que vêm sendo tomadas para essa insegurança seja sanada. “É uma situação complicada e difícil, mas procurando um meio temo, que também ofereça de forma remota, eu considero que seja importante que volte as aulas. Com a escola mostrando que está tudo certo, os pais vão autorizar”, ponderou Alina.
Até o final desta semana todos os detalhes do protocolo serão publicados no Diário Oficial do Estado, enumerando as regras e procedimentos que serão adotados para a possibilidade do retorno das atividades presenciais, assim que liberadas pela Justiça.
Além dos pais e da secretária, participaram do encontro a assessora da Subsecretaria de Desenvolvimento da Educação Básica da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG), Iara Viana, e o assessor de relações institucionais, Bernardo Miranda.
Protocolo
O novo protocolo de saúde para a volta às salas de aula no Estado, por meio de um modelo híbrido, estabelece ainda que será mantido o ensino remoto. O protocolo aponta a necessidade de um retorno seguro, com regras de distanciamento e de higienização, além de ser facultativo, ou seja, que depende da concordância dos pais para que jovens e crianças frequentem as salas de aula.
Assim, o modelo será híbrido, com a manutenção do ensino remoto. O protocolo também estabelece que o retorno aconteça de maneira gradual e alternada. O relatório foi aprovado nesta quarta-feira durante reunião do Comitê Extraordinário Covid-19, grupo responsável por monitorar a situação da pandemia no estado.
A volta às salas de aula só será permitida aos municípios que estiverem nas ondas verde e amarela do Minas Consciente, plano do Governo de Minas para a retomada das atividades de forma gradual e segura. Além disso, é necessária adesão da prefeitura. Ou seja, ela apenas acontecerá nos municípios onde o retorno for autorizado pelo poder municipal, mesmo nas escolas estaduais.
O novo protocolo, apresentado na última quarta-feira, é fruto de debates com Grupo de Trabalho. Todas as escolas estaduais seguirão o protocolo e a estratégia educacional da Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG). No caso das instituições de ensino municipais e particulares, cabe a cada município avaliar se irá aderir ao protocolo estadual ou se a prefeitura desejará criar suas próprias regras para o funcionamento.